Resumo: Aula 2
Atividade
econômica: Expansão e colonização e desenvolvimento do comercio
O
período arcaico da história grega é a fase onde se inicia o desenvolvimento
cultural, político e social na Grécia antiga. É neste momento que acontecem os
primeiros avanços para a ascensão da democracia e da revitalização da
linguagem escrita.
Os
Gregos da época arcaica não constituíam uma nação helênica, pelo contrario,
encontravam-se dispersos em pequenos núcleos por toda Grécia continental e
insular, nos chamados genos. No inicio do século VIII a.c essas comunidades
começaram a ser substituídas por unidades políticas maiores as frátrias.
Na
transição do período Homérico para o Arcaico, como aconteceu em outra Polis,
Atenas fundou várias colônias na costa do mar mediterrâneo e do mar negro, o
que estimulou a monetarização da economia e a dinamização do comércio marítimo.
A colonização foi um fenômeno marcante desse período da história grega. Os motivos que geraram esse fenômeno foram
variados, mas podemos resumidamente citar entre eles: o crescimento demográfico,
as dificuldades da Polis em alimentar a sua população após um período de seca
ou de chuvas torrenciais, os interesses econômicos ou simplesmente a
curiosidade e o espírito aventureiro.
Uma
das consequências dessa colonização grega foi o desenvolvimento do comércio,
porém, a facilidade de acesso aos grãos que chegavam das colônias e os preços
baixos desses, arruinaram os pequenos agricultores. Endividados, muitos deles
acabaram por se transformar em escravos por dívida.
Com o
crescimento do comércio e a necessidade de defesa, as fratrias passaram a se
reunir em torno de fortificações, formando a principal unidade política de
Grécia Antiga: a Cidade-Estado ou polis.
O desenvolvimento da polis grega não foi exatamente idêntico em toda
Grécia. Mas, de um modo geral, a cidade era o centro econômico, político e
religioso da região que a cercava. As cidades-estados
tinham governos independentes, fronteiras definidas e mantinham relações
diplomáticas entre si.
A
dinamização da economia possibilitou o surgimento de a nova elite econômica, que
beneficiada pela expansão da atividade mercantil passou a exigir direitos
políticos até então restrita ás aristocracias tradicionais, isto é, aos Eupátridas.
Diante
do novo quadro, decorrente da colonização uma parcela da sociedade sofreram com
o empobrecimento, resultante da perda de propriedades ou da condenação à
escravidão por divida. Desse modo, As camadas populares (pequenos camponeses,
artesãos) também exigiam reformas políticas.
Rumo a democracia.
Em
meio às pressões populares verificou-se em muitas polis um movimento a favor da
criação de leis escritas. Até então, prevalecia o direito privado, que era
interpretado e aplicado baseado nos costumes e ritos religiosos.
A partir da segunda metade do século VII A.C na cidade de Atenas, foi atribuído aos legisladores Drácon, Sólon e Clístenes, a responsabilidade pela elaboração de leis escritas que assegurassem o equilíbrio social. Foi nesse momento que começou a ocorrer a transposição da justiça do âmbito privado para a justiça aplicada em nome do estado.
A partir da segunda metade do século VII A.C na cidade de Atenas, foi atribuído aos legisladores Drácon, Sólon e Clístenes, a responsabilidade pela elaboração de leis escritas que assegurassem o equilíbrio social. Foi nesse momento que começou a ocorrer a transposição da justiça do âmbito privado para a justiça aplicada em nome do estado.
Sólon |
Sólon
foi nomeado arconte (magistrado eleito por um ano) no ano de 594 A.C, e
promoveu uma série de reformas que criaram as bases da futura democracia e
evitaram uma revolta popular na Grécia antiga. Entre
as reformas de Sólon destacam-se:
- Abolição da escravidão por divida.
- Consolidação das pequenas e médias propriedades: base da estrutura fundiária
de Atenas.
- Fim do monopólio político dos Eupatridas.
-A
criação da Bulé ( conselho dos quinhentos que representavam o demos, isto é, o
povo)
-Definição
de que a renda, não mais a posição de nascimento, seria o fator determinante
para participação da vida política na polis.
-Criação
da Eclésia, assembleia do povo e de um tribunal popular.
-
Instituição do ostracismo.
Cidadania
e exclusão social
A
sociedade Ateniense era composta de pessoas agrupadas em categorias: Os
cidadãos, as mulheres e crianças, os escravos e os metecos. O direito a
cidadania era reservado apenas a homens livres, atenienses, maiores de 21 anos
e cujos pais também eram atenienses. Assim, mulheres, metecos e escravos não
eram considerados cidadão e, portanto, não tinham direitos políticos.
No
período Clássico, que passaremos a estudar agora, se consolidou entre os gregos
a noção de que tinham um passado comum e passaram a designarem-se helenos. Foi
nesse período que se consolidou definitivamente a democracia na Grécia antiga,
embora ela não tenha sido adotada por todas as Pólis, Atenas foi referência e
se constituiu como padrão clássico de democracia.
A
democracia é um regime político em que todos os cidadãos participam igualmente
do governo da polis, na proposta e na criação de leis. Ela abrange as condições
sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da
autodeterminação política. A democracia ateniense tomou a forma de democracia direta,
no entanto como já foi dito, estavam excluídos da vida política mulheres,
escravos, estrangeiros, os que não eram proprietários de terra e os homens
menores de 21 anos de idade.
Entre os séculos V e VI a.c, período clássico da história
Grega, viveram em Atenas artistas e intelectuais que se destacaram em diversos
campos, como o teatro, a arquitetura, a escultura, a filosofia e a história. A
democracia Ateniense e o desenvolvimento econômico alcançado pela cidade
contribuíram para reunir esse talento.
Todas as expressões artísticas (esculturas, arquitetura,
teatro, etc.) eram artes publicas patrocinada pelo estado para a comunidade. A
arte estava presente na vida cotidiana das pessoas, encontravam-se nos templos,
teatros, cemitérios e não em museus.
Na arquitetura destaca-se o Paternon. Geralmente essas
edificações tinha a função de abrigar as esculturas dos deuses. Grande parte da
produção das esculturas gregas, também, esteve ligada à religião, mesclava-se o
divino, o humano, o espiritual e o físico. Deuses e Deusas eram representados
em forma humana.
No teatro os principais dramaturgos foram: Ésquilo, Sófocles,
Eurípedes e Aristófanes. Esses autores criavam textos cômicos (comédias) ou
dramáticos (tragédias). Os atenienses apreciavam diferentes gêneros teatrais e havia
festivais e concursos entre os autores.
Além da arquitetura, da escultura e do teatro, a Grécia foi
berço de grandes sábios que se destacaram em diferentes áreas do conhecimento e
das ciências. Os gregos aperfeiçoaram o alfabeto Fenício inserindo as vogais e
o transmitiram à diversos povos. Na escrita da História destacaram-se Heródoto
(484 a 425 a.c) e Tucidides (460 a 396 a.c).
Na filosofia estão os maiores pensadores do período, Sócrates
(469 a 399 a.c), Platão (427 a 347 a.c) Aristóteles (384 a 322 a.c) Esses
filósofos marcaram profundamente o pensamento ocidental enfatizando a
importância da razão como instrumento para se adquirir conhecimento. Da
filosofia desmembraram-se as demais ciências, que aplicam a investigação
sistemática e racional aos fenômenos da natureza e da sociedade.
Surgiram assim, ramos especializados para o estudo desses
fenômenos, como a física, a química, a matemática, a biologia, a medicina e a
astronomia.
PArabéns! ÓTIMO conteúdo! Tirou muitas dúvidas!
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