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quarta-feira, 1 de julho de 2015

2 Grécia antiga: O nascimento da civilização ocidental: Economia, Política e Arte.

Resumo: Aula 2 

Atividade econômica: Expansão e colonização e desenvolvimento do comercio 

O período arcaico da história grega é a fase onde se inicia o desenvolvimento cultural, político e social na Grécia antiga. É neste momento que acontecem os primeiros avanços para a ascensão da democracia e da revitalização da linguagem escrita.
Os Gregos da época arcaica não constituíam uma nação helênica, pelo contrario, encontravam-se dispersos em pequenos núcleos por toda Grécia continental e insular, nos chamados genos. No inicio do século VIII a.c essas comunidades começaram a ser substituídas por unidades políticas maiores as frátrias.
Na transição do período Homérico para o Arcaico, como aconteceu em outra Polis, Atenas fundou várias colônias na costa do mar mediterrâneo e do mar negro, o que estimulou a monetarização da economia e a dinamização do comércio marítimo. A colonização foi um fenômeno marcante desse período da história grega.  Os motivos que geraram esse fenômeno foram variados, mas podemos resumidamente citar entre eles: o crescimento demográfico, as dificuldades da Polis em alimentar a sua população após um período de seca ou de chuvas torrenciais, os interesses econômicos ou simplesmente a curiosidade e o espírito aventureiro.
Uma das consequências dessa colonização grega foi o desenvolvimento do comércio, porém, a facilidade de acesso aos grãos que chegavam das colônias e os preços baixos desses, arruinaram os pequenos agricultores. Endividados, muitos deles acabaram por se transformar em escravos por dívida.
Com o crescimento do comércio e a necessidade de defesa, as fratrias passaram a se reunir em torno de fortificações, formando a principal unidade política de Grécia Antiga: a Cidade-Estado ou polis.  
O desenvolvimento da polis grega não foi exatamente idêntico em toda Grécia. Mas, de um modo geral, a cidade era o centro econômico, político e religioso da região que a cercava.  As cidades-estados tinham governos independentes, fronteiras definidas e mantinham relações diplomáticas entre si.
A dinamização da economia possibilitou o surgimento de a nova elite econômica, que beneficiada pela expansão da atividade mercantil passou a exigir direitos políticos até então restrita ás aristocracias tradicionais, isto é, aos Eupátridas.
Diante do novo quadro, decorrente da colonização uma parcela da sociedade sofreram com o empobrecimento, resultante da perda de propriedades ou da condenação à escravidão por divida. Desse modo, As camadas populares (pequenos camponeses, artesãos) também exigiam reformas políticas.

Rumo a democracia.
Em meio às pressões populares verificou-se em muitas polis um movimento a favor da criação de leis escritas. Até então, prevalecia o direito privado, que era interpretado e aplicado baseado nos costumes e ritos religiosos.
            A partir da segunda metade do século VII A.C na cidade de Atenas, foi atribuído aos legisladores Drácon, Sólon e Clístenes, a responsabilidade pela elaboração de leis escritas que assegurassem o equilíbrio social. Foi nesse momento que começou a ocorrer a transposição da justiça do âmbito privado para a justiça aplicada em nome do estado.
Sólon
Sólon foi nomeado arconte (magistrado eleito por um ano) no ano de 594 A.C, e promoveu uma série de reformas que criaram as bases da futura democracia e evitaram uma revolta popular na Grécia antiga. Entre as reformas de Sólon destacam-se:
- Abolição da escravidão por divida.
- Consolidação das pequenas e médias propriedades: base da estrutura fundiária de Atenas.
- Fim do monopólio político dos Eupatridas. 
-A criação da Bulé ( conselho dos quinhentos que representavam o demos, isto é, o povo)
-Definição de que a renda, não mais a posição de nascimento, seria o fator determinante para participação da vida política na polis.
-Criação da Eclésia, assembleia do povo e de um tribunal popular.
- Instituição do ostracismo.

Cidadania e exclusão social

A sociedade Ateniense era composta de pessoas agrupadas em categorias: Os cidadãos, as mulheres e crianças, os escravos e os metecos. O direito a cidadania era reservado apenas a homens livres, atenienses, maiores de 21 anos e cujos pais também eram atenienses. Assim, mulheres, metecos e escravos não eram considerados cidadão e, portanto, não tinham direitos políticos.
No período Clássico, que passaremos a estudar agora, se consolidou entre os gregos a noção de que tinham um passado comum e passaram a designarem-se helenos. Foi nesse período que se consolidou definitivamente a democracia na Grécia antiga, embora ela não tenha sido adotada por todas as Pólis, Atenas foi referência e se constituiu como padrão clássico de democracia.
A democracia é um regime político em que todos os cidadãos participam igualmente do governo da polis, na proposta e na criação de leis. Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política. A democracia ateniense tomou a forma de democracia direta, no entanto como já foi dito, estavam excluídos da vida política mulheres, escravos, estrangeiros, os que não eram proprietários de terra e os homens menores de 21 anos de idade.
Entre os séculos V e VI a.c, período clássico da história Grega, viveram em Atenas artistas e intelectuais que se destacaram em diversos campos, como o teatro, a arquitetura, a escultura, a filosofia e a história. A democracia Ateniense e o desenvolvimento econômico alcançado pela cidade contribuíram para reunir esse talento.
Todas as expressões artísticas (esculturas, arquitetura, teatro, etc.) eram artes publicas patrocinada pelo estado para a comunidade. A arte estava presente na vida cotidiana das pessoas, encontravam-se nos templos, teatros, cemitérios e não em museus.
Na arquitetura destaca-se o Paternon. Geralmente essas edificações tinha a função de abrigar as esculturas dos deuses. Grande parte da produção das esculturas gregas, também, esteve ligada à religião, mesclava-se o divino, o humano, o espiritual e o físico. Deuses e Deusas eram representados em forma humana.
No teatro os principais dramaturgos foram: Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes. Esses autores criavam textos cômicos (comédias) ou dramáticos (tragédias). Os atenienses apreciavam diferentes gêneros teatrais e havia festivais e concursos entre os autores.
Além da arquitetura, da escultura e do teatro, a Grécia foi berço de grandes sábios que se destacaram em diferentes áreas do conhecimento e das ciências. Os gregos aperfeiçoaram o alfabeto Fenício inserindo as vogais e o transmitiram à diversos povos. Na escrita da História destacaram-se Heródoto (484 a 425 a.c) e Tucidides (460 a 396 a.c). 
Na filosofia estão os maiores pensadores do período, Sócrates (469 a 399 a.c), Platão (427 a 347 a.c) Aristóteles (384 a 322 a.c) Esses filósofos marcaram profundamente o pensamento ocidental enfatizando a importância da razão como instrumento para se adquirir conhecimento. Da filosofia desmembraram-se as demais ciências, que aplicam a investigação sistemática e racional aos fenômenos da natureza e da sociedade.
Surgiram assim, ramos especializados para o estudo desses fenômenos, como a física, a química, a matemática, a biologia, a medicina e a astronomia.      

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